Equipe

Douglas Bokliang

Oi! Tudo bem? Meu nome é Douglas Bokliang, criador do Anpec Simples.

Desde criança sempre gostei muito de matemática. Tanto que uma coisa que fez parte da minha vida foram as Olimpíadas de Matemática, sim, de Matemática (não me julgue… hehehe)! Fazia aula extra de matemática para ver problemas mais sofisticados e aprender matérias mais avançadas em relação àquelas que tinham na escola. Isso começou na 5ª série e com certeza ajudou a formar a pessoa que sou hoje.

Mais tarde, o gosto por matemática virou gosto por exatas; e as Olimpíadas de Matemática viraram também Olimpíadas de Física. Todo esse estudo nessas áreas me levou a ser aprovado no vestibular de engenharia mais difícil do país, o do ITA, onde me formei engenheiro de computação em 2010.

Recém-formado, decidi ir para o mercado financeiro, onde consegui uma vaga na tesouraria do Citibank. Ótimo emprego com uma remuneração invejável para um moleque de 23 anos. Pais orgulhosos, trajetória de “sucesso”. Porém, depois de cinco anos, pedi as contas…

Tenho ciência de que tinha um ótimo trabalho. Foi importante para mim esse tempo no banco, só não era o que eu queria fazer da vida. Sentia falta de estudar e aprender coisas novas, o trabalho do dia-a-dia já havia se tornado rotina. Foi aí que a Anpec entrou na minha trajetória.

Empolguei-me com a ideia de fazer um mestrado em economia, de expandir meu conhecimento para uma área nova que tanto me interessava e ter uma experiência acadêmica completamente diferente. Mas, para isso, teria que estudar e muito, principalmente porque tinha conhecimento de somente uma matéria (Matemática) das quatro requeridas para ser aprovado onde eu queria.

Depois de um ano de grande dedicação consegui a desejada aprovação na Anpec 2016. Obtive a segunda colocação para os principais mestrados em economia do país e optei pela EESP-FGV.

As coisas andaram bem mais rapidamente do que eu poderia esperar. Apenas dois anos após ter deixado o banco, virei aluno do doutorado e comecei a dar aula na graduação da EESP-FGV. E o mais importante: com muita satisfação! Maaaassss… concluí meu doutorado em 2020 e, um ano depois, percebi que era hora de deixar de ser professor da graduação. Por quê?

Resposta: Anpec Simples! 🙂

Comecei o projeto do Anpec Simples em 2015, ano em que fiz o exame da Anpec e notei que havia muitas falhas em materiais e na forma de estudar para a prova. Ali, plantei uma sementinha para que depois de alguns anos, junto com a Liz, idealizássemos o que seria o Cursinho Simples. Chamamos a Gabi e o Mauz para entrarem na equipe, e todos trabalhamos imensamente para lançar a primeira turma do cursinho em 2020. O Anpec Simples havia ganhado outra proporção!

Hoje em dia, não é difícil ver que o Cursinho Simples revolucionou a preparação para a Anpec. O que não fica claro aos olhos dos outros é no como revolucionou a minha vida. Nossos alunos aprenderam muito conosco, mas certamente nós também aprendemos demais com eles. O cursinho mudou a forma como vejo empreendedorismo, educação e impacto social. Tal mudança de mentalidade veio acompanhada de uma mudança em meus planos, e por isso decidi deixar de ser professor da graduação em 2021.

Além do Anpec Simples, comecei a me dedicar a mais um projeto em educação, chamado takhe, que hoje em dia é de minha principal ocupação. E a vida dá voltas, né? Acabei retornando à EESP-FGV dois anos depois de ter saído, mas dessa vez para dar aula no mestrado e doutorado, sendo responsável pelo curso de Matemática.

Agradeço a todos do Cursinho Simples, alunos e equipe, pelo aprendizado que possibilita isso tudo!

Liz Matsunaga

Olá, meu nome é Liz. Assim como vocês, também tive que passar pelo árduo caminho de ter que me preparar para Anpec. Por sorte, tinha o Douglas ao meu lado que me deu o caminho das pedras, para não me perder na imensidão de conteúdo e livros disponíveis.

Sou formada em Administração de Empresas pela FEA-USP, e SIM é possível passar na Anpec sem ter graduação em Economia ou Engenharia. Quando comecei a me preparar para a prova, eu mal sabia conceitos básicos de Matemática, como derivar ou integrar funções, muito menos álgebra linear. De Estatística, tinha uma pequena noção, mas nunca tinha nem visto Econometria. De Micro e Macro só sabia poucos conceitos que havia visto durante a graduação.

A decisão de fazer o mestrado em Economia veio da minha vontade de mudar de área. Comecei a fazer estágio muito cedo – no segundo ano da faculdade – e trabalhei em diferentes empresas e áreas, desde áreas de Marketing de multinacionais ao time de suporte técnico de startups. Logo que me formei, comecei a trabalhar em consultorias voltadas principalmente para áreas de negócios. Trabalhei durante dois anos, mas sentia falta de ter uma base analítica mais forte e queria voltar a estudar. Desde pequena, sempre tive certa facilidade com Matemática e matérias de exatas, mas acabei decidindo ir para a área de Humanas, ao escolher Administração de Empresas.

Hoje, me sinto bastante grata com a minha decisão, aprendi muito ao ter escolhido esse caminho: tive a oportunidade de começar a trabalhar cedo, de viajar bastante e conhecer muitas pessoas ótimas. Porém, durante muito tempo, senti que a minha formação acadêmica não era o suficiente para o que eu queria, sentia que meu potencial analítico não havia sido desenvolvido e estimulado durante a graduação (já que, de fato, o foco do curso era outro e eu era uma aluna bastante desmotivada).  

Além disso, tinha interesse em trabalhar com temas ligados à sustentabilidade. Interessei-me pela Economia Ambiental e enxerguei no mestrado em economia uma boa opção para mudar de área e desenvolver novas habilidades analíticas.

No começo de 2017, me matriculei no Proanpec – cursinho da Fipe – as aulas eram no período noturno de 2 a 3 vezes por semana. A princípio, me sentia bastante insegura e com muitas dúvidas se seria possível passar ou não. No cursinho, me sentia muito defasada em relação aos outros alunos, era o meu primeiro contato com as matérias e a maioria do pessoal já tinha uma boa noção do conteúdo.

Era abril e eu mal tinha começado a estudar – só ia às aulas do cursinho e tentava acompanhar a matéria que estava sendo abordada pelo professor. Nesse momento, tive uma conversa séria com o Douglas sobre a maneira como eu estava estudando e como me sentia em relação aos demais alunos. Depois de um balde de água fria e de perceber o quão errado eu estava estudando, decidi seguir uma outra metodologia de estudos, ao invés de me ater ao que era dado no cursinho. Sério, foi um divisor de águas na minha vida (escreverei em outro artigo sobre a forma que estudei).

De maio a setembro, mudei a maneira de estudar e me dediquei 100% para a prova. Basicamente, foram 5 meses bem focados e, no final, fui aprovada na USP, na EESP e na EPGE. Acabei decidindo pela USP, onde concluí o Mestrado no ano de 2020. Em 2021, trabalhei como pesquisadora do Centro de Microeconomia Aplicada (C-MICRO) da EESP-FGV.

Com o crescimento do Anpec Simples, cada vez mais tive vontade de empreender em projetos próprios. Hoje, não estou mais trabalhando com pesquisa acadêmica, apesar disso, sigo próxima à educação em projetos pessoais – dentre eles a takhe.

Espero que o Anpec Simples ajude a dar uma luz no seu caminho para Anpec e, qualquer dúvida, escreva para a gente!

Maurício Barbosa Alves

Fui registrado como Maurício, mas quase todos me chamam por algum apelido, e na maioria dos casos é o Mauz. Tenho 30 anos quando escrevo esse texto e sou aluno do doutorado em economia da Universidade de Minnesota, nos EUA.

Nasci e cresci em Diadema, na região metropolitana de São Paulo. Ali, quase sempre (a falta de) dinheiro foi um problema, não só para minha família, mas para muitas outras do entorno. Sempre fui muito observador e curioso. Ao longo da minha infância e adolescência fui percebendo, gradualmente, as dificuldades cotidianas na vida das pessoas decorrentes da falta de recursos, do desemprego e subemprego crônicos, dos juros altos e orçamento estreito.

Encontrava algum conforto para essa afiliação nas explicações cadenciadas, bem estruturadas e sequenciais que apareciam nos comentários econômicos do jornal. Não sabia ainda, mas ali surgia um interesse crescente por Economia, e mais precisamente por Macroeconomia.

Fiz graduação em Economia pela Universidade de São Paulo de 2011 a 2015. Durante a faculdade tive a oportunidade de estagiar no departamento econômico de um banco internacional. Em 2015 me tornei economista e fui contratado como tal. Nesse meio tempo, percebi que um bom mestrado em economia era quase sempre um requisito para avançar na carreira de economista do mercado financeiro.

Prestei ANPEC em 2015 e ingressei no mestrado da EESP-FGV pensando em voltar ao mercado financeiro. Na minha cabeça, o mestrado seria um (custoso) pedágio naquele momento. A experiência não poderia mais reveladora; gostei tanto de estudar mais a fundo e pesquisar que decidi mudar o rumo da minha vida para uma vida acadêmica.

Concluí o mestrado em 2018 e em 2019 me tornei aluno do doutorado da Universidade de Minnesota. Ao longo do tempo, me interessei pelas implicações macroeconômicas das imperfeições existentes no mercado financeiro. Minha futura pesquisa provavelmente deve abordar esse assunto.

Depois do mestrado, passei a ver a vida acadêmica como um meio de realizar minha maior ambição: deixar um legado para o maior número de pessoas possíveis, em consonância com o que causou meu interesse inicial por economia. É por isso que trabalhar no governo quando estiver (bem) mais experiente é um dos meus interesses mais genuínos.

Sou muito ativo, quase sempre me pego me envolvendo em algum projeto. Já iniciei curso técnico de química, fui coordenador de seleção na AIESEC, presidente do clube de consultoria da FEA-USP…  A clareza da maturidade me fez mais seletivo para quais projetos eu mergulho de cabeça. Enxergo no projeto do Anpec Simples uma oportunidade de democratizar o conhecimento da macroeconomia e disseminar o interesse pelo estudo da Economia em nível de pós-graduação. Parte importante da missão pessoal no projeto é aumentar o interesse de alunos da graduação em entender mais de macroeconomia.

Sou um entusiasta das finanças pessoais, e de investimentos em geral. Acredito que o conhecimento de finanças pessoais pode ajudar muitas pessoas a melhorarem suas vidas em aspectos financeiros, com benefícios que transbordam a dimensão monetária da vida cotidiana. O mercado imobiliário desde sempre me empolga e aprecio design de móveis, ambientes e construções (talvez por isso casei com um arquiteta). Gosto de cozinhar, beber um vinho barato e descontrair com amigos próximos.

Gabriela Fonseca

Oi, eu sou a Gabriela, mas podem me chamar de Gabi. Desde sempre eu quis ser jornalista… sim, jornalista! “Ué, mas o que então você tá fazendo escrevendo aqui sobre a prova da Anpec, Gabi?”

No terceiro ano do Ensino Médio eu entrei em conflito sobre qual profissão queria ter. Lembro que escolhi economia de um livrinho de profissões. Saí riscando aquelas que não tinham nada a ver com a minha personalidade e aspirações e acabei com algumas ligadas às ciências sociais e políticas. Escolhi economia. Eu confesso que não gostei do meu primeiro ano de graduação. Pensava em desistir, porque achava que o curso não era para mim.

Daí, veio Microeconomia. E eu me apaixonei. Foi mesmo uma paixão avassaladora que aos poucos foi se tornando um amor tranquilo e leal que me acompanhou pelo restante da minha trajetória. Fiz graduação na FEA-USP. Comecei a estagiar cedo, logo no segundo ano da faculdade, numa área de crédito do Itaú-Unibanco. Depois de algum tempo acabei mudando para uma área diferentona lá dentro, cheia de economistas, todos com mestrado e alguns até com doutorado, que trabalhavam com modelagem e avaliação de políticas (coisa que eu faço até hoje!).

A decisão de fazer mestrado veio com facilidade para mim. A área em que eu trabalhei no banco me inspirou (e, verdade seja dita, eles só contratavam gente com mestrado, então não tinha outro jeito!) e eu acabei dedicando parte do meu último ano de faculdade para estudar para a Anpec. Fiz cursinho e tudo.

Foi um ano difícil para mim. A Anpec é uma prova chatinha. Era um ano de conclusão, o que sempre pesa no psicológico. Parte de mim queria fazer mestrado, claro! A outra parte, porém, estava bem chateada com as implicações financeiras dessa decisão. Foi um ano turbulento e cheio de problemas pessoais.

Acabei não passando tão bem na Anpec quanto eu achava que poderia, o que hoje considero uma grande sorte! Eu fui fazer mestrado na FEA de Ribeirão Preto, um centro excelente, onde tive oportunidades incríveis, me desenvolvi muito profissionalmente e conheci pessoas sensacionais. Eu trabalhei no LEPES – um laboratório de pesquisa em economia social – e a experiência mudou a minha carreira. Foi também lá que eu tive meu primeiro contato com a docência. E lembro que meu primeiro pensamento logo depois da primeira aula que dei foi: “Quero fazer isso para sempre! Não vai ter jeito… vou ter que fazer doutorado.”

Prestei (e até passei) em algumas escolas dos EUA e Europa para fazer o meu PhD. Apesar disso, no fim acabei escolhendo ficar no Brasil e fazer meu doutorado na EESP-FGV. E foi assim que conheci o Douglas, a Liz e o Maurício.

Desde o meu primeiro ano do doutorado eu atuo como professora na graduação da FGV EESP e atualmente tenho o prazer de ser também a Coordenadora do curso. Quando sobra um tempinho (o que é raro nesses dias corridos de coordenação!) eu pesquiso na área de Economia da Educação, mais especificamente, sobre a importância das crenças e expectativas dos professores sobre os resultados educacionais dos estudantes. Legal, né?”

Espero que vocês, assim como eu, encontrem um caminho cheio de satisfação para o lado de lá da prova da Anpec. E espero poder ajudar muito nessa travessia!